quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Representantes





Conferência de Bretton Woods

As conferências de Bretton Woods, definindo o Sistema Bretton Woods de gerenciamento econômico internacional, estabeleceram em julho de 1944 as regras para as relações comerciais e financeiras entre os países mais industrializados do mundo. O sistema Bretton Woods foi o primeiro exemplo, na história mundial, de uma ordem monetária totalmente negociada, tendo como objetivo governar as relações monetárias entre Nações-Estado independentes.
Preparando-se para reconstruir o capitalismo mundial enquanto a segunda guerra mundial ainda grassava, 730 delegados de todas as 44 nações aliadas encontraram-se no Mount Washington Hotel, em Bretton Woods, New Hampshire, para a Conferência monetária e financeira das Nações Unidas. Os delegados deliberaram e finalmente assinaram o Acordo de Bretton Woods (Bretton Woods Agreement) durante as primeiras três semanas de julho de 1944.
Tratava-se de criar regras e instituições formais de ordenação de um sistema monetário internacional capaz de superar as enormes limitações que os sistemas então conhecidos, o padrão-ouro e o sistema de desvalorizações cambiais competitivas, haviam imposto não apenas ao comércio internacional mas também à própria operação das economias domésticas. Buscava-se, assim, definir regras comuns de comportamento para os países participantes que, se poderiam por um lado contribuir para que eles atingissem níveis sustentados de prosperidade econômica como nunca havia sido possível antes,
exigiriam, por outro lado, que abrissem mão de pelo menos parte da sua soberania na tomada de decisões sobre políticas domésticas, subordinando-as ao objetivo comum de conquista da estabilidade macroeconômica. 


As principais conseqüências de Bretton Woods foram a aplicação do dólar como padrão, a igualdade fixa entre moedas (- 10% < X < 10%), atingindo este nível máximo, para mais ou para menos, apenas com o consentimento do FMI. Bretton Woods oficializa o duplo papel do dólar no cenário internacional, a atuação como reserva monetária e a função de moeda de crédito. 
A definição dos artigos para criação de um Fundo Monetário Internacional (FMI) e suas principais atribuições eram: promover empréstimos a países, fiscalizar as políticas econômicas dos países deficitários, negociar possíveis ajustes cambiais em caso de desequilíbrios fundamentais.


Nos anos 60, o que mais perturbava na parte monetária internacional era a política econômica bem inflacionária nos EUA. No entanto, o papel do dólar como moeda internacional, consagrado em Bretton Woods, tinha colocado uma contradição fundamental:

O mundo todo precisava de dólares para acomodar a expansão do comércio internacional, mas os dólares se tornavam disponíveis para outros países quando os Estados Unidos tinham déficits em suas operações externas e pagavam pela diferença enviando dólares ao exterior, aumentando a liquidez internacional; esse aumento, ao ser gerado por déficits nos pagamentos dos EUA, contribuía para enfraquecer a confiança no próprio dólar, quanto mais liquidez tivesse, maior seria a desconfiança em cima do dólar.

 Desde o começo, o FMI lidava com países em desenvolvimento, mesmo que na conferência, foi bem claro que os clientes preferenciais eram países desenvolvidos e que países em desenvolvimento não deveriam ser tratados de forma diversa daquela reservada aos primeiros. As coisas mudaram apos os anos 70: O FMI passou a ser uma instituição onde países desenvolvidos são as principais fontes de recursos financeiros, mas agora apenas países em desenvolvimento são tomadores de empréstimos. 

 O Fundo Monetário Internacional foi criado para os processos de ajustes de balanços de pagamentos dos países desenvolvidos no espaço de um sistema de câmbio fixo, não deu muito tempo para se perceber que as estratégias tradicionais do FMI não funcionaram bem para seus novos clientes. Hoje, a missão da instituição parece ser dedicar-se a promover sua visão de economia ideal entre os países em desenvolvimento que pedem por ajuda quando pressionados por problemas de balanço de pagamentos.

 O FMI e o Banco Mundial são os únicos sobreviventes da conferência de Bretton Woods.

 O sistema de câmbio fixo, acordado em 1944, ruiu no início dos anos 70.
 A reconstrução européia é história remota, para a qual, na verdade, o Banco Mundial acabou contribuindo pouco, redendo por uma iniciativa muito mais eficaz, o Plano Marshall.

 A coordenação de políticas macroeconômicas, que se daria no âmbito do FMI, nunca foi efetivamente tentada, já que os países desenvolvidos nunca quiseram transferir o poder sobre políticas econômicas domésticas para um organismo internacional. A garantia de prosperidade internacional, de conquista do pleno emprego em todas as nações, mostrou-se um objetivo muito além do alcance das reduzidas capacidades das instituições criadas em Bretton Woods.
Fontes:

http://www.ie.ufrj.br/moeda/pdfs/bretton_woods_aos_60_anos.pdf

http://pt.wikipedia.org/wiki/Acordos_de_Bretton_Woods
http://www.geomundo.com.br/geografia-30107.htm
https://docs.google.com/open?id=0B2EGIpHvUjctZmFmMGUzNDYtM2EwNC00Z